sexta-feira, 20 de julho de 2007

Surpresa, talvez!

É com o menor dos espantos que tomei conhecimento do portocolo de Paris, um assunto tabu de que nunca a opinião pública de portuguesa comentou e a publicada divulgou, isto mau grado existir alta coincidência – até nos pormenores – entre ele e a solução aplicada.

Sem pingo de hipocrisia ou maledicência gratuita direi que, e qualquer que seja o ângulo de apreciação, para todos os efeitos jurídicos, o “golpe de estado de 1974” foi um acto ilícito, doloso.

Como assim indiscutivelmente inconstitucional.

E, sob este ângulo puramente jurisdicional acrescentarei que a sublevação constitui dolo bastante para enquadrar o crime de “delinquência de alta traição à pátria”.

Um crime que, então, até era punível com a pena de morte.

*

Postos os considerandos enfrentemos o assunto.

O conhecimento do dito acordo secreto, consumado um ano antes da revolução de abril, enquadra a revolução num obsceno “psiquismo”, que permite içar a seguinte questão: foi a revolução um libelo encomendado, ou antes um determinismo insurreccional?

A resposta terá de ser intrigrante.

O tempo percorrido foi mediado por muita inrtiga, confusão bastante, muito rumor, muita maledicência daí que haja sempre quem se sinta atraído pela felonia, os chamados intolerantes, assim como quem não se canse de elogiar o feito e o virtuosimso do fautor, os militantes.

Entre ambos identificamos ainda uma terceiro grupo, os pacientes, onde me enconto, e que poderão ser identificados como aqueles que aguardam pela versão isenta, imparcial e definitiva.

É neste quadro que, julgamos, se encontra a maioria dos portugueses.

O golpe de estado, assim como a sucedânea revolução (processo revolucionário em curso: PREC), constitui um off shore de equívocos cujas metastases se estendem aos dias de hoje.

Um comentário:

A Sonhadora disse...

É verdade..fomos todos um pouco ludibriados pela chamada revolução...
revolucionou-se muita coisa...menos a maioria das mentalidades.
É pena, eu também não gostava do 24 de Abril...e continuo a não gostar.